A um passe de Didi, Garrincha avança,
Colando o couro aos pés, o olhar atento,
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento.
Vem-lhe o pressentimento; ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento.
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz entre seus pés – um pé de vento!
Num só transporte a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.
Garrincha, o anjo, escuta e atende: goooool!
É pura imagem: um g que chuta um o
Dentro de uma meta, um l. é pura dança!
Vinicius de Moraes
Ricardo,
Parabéns pelo blog. Está bem clean e com um excelente conteúdo. Sou meio suspeita: amante de futebol, especialmente de Garrincha; amante de arte, especialmente a arte literária, Vinicius de Moraes…
Espero que seja um sucesso. Todos somos carentes de bons conteúdos.
Já ‘linkei’ o seu blog ao meu e te sigo no Twitter!
Abraços,
Mirelli